A gestão de gases: Mergulho em cavernas
A gestão de gases é, sem dúvida, a parte mais importante do mergulho em cavernas. Ao contrário do mergulho em águas abertas, onde o mergulhador pode simplesmente emergir em um cenário de falta de ar, as cavernas são ambientes confinados e frequentemente complexos, onde uma falha no planejamento pode significar um desastre.
Uma das principais ameaças para os mergulhadores em cavernas é ficar sem gás em um local onde não têm acesso direto à superfície. Falhas nesse ponto podem comprometer a segurança da equipe e criar cenários de alto risco devido ao consumo inadequado, mau funcionamento de equipamentos ou um lapso de circunstâncias.
O objetivo deste artigo é mostrar alguns dos métodos e cálculos que podem ser feitos para minimizar o uso de gás e proporcionar recursos suficientes para mergulhar na caverna e voltar de forma bastante independente. Com planejamento adequado e princípios de redundância apropriados, o risco pode ser substancialmente mitigado e a margem de segurança aumentada em cada mergulho.
Portanto, o Quem, Quando, Por que, O quê (e Onde?) da Gestão Prática de Gases no Mergulho em Cavernas.
Gerenciamento de Gás: Mergulho Recreativo vs Mergulho Técnico
Isso é adequado no mergulho recreativo, onde a gestão de gases é menos desafiadora e o mergulhador pode sempre ascender à superfície, se necessário. No mergulho técnico, e especialmente em cavernas, essa opção não está disponível e um planejamento meticuloso deve garantir gás suficiente para descer, permanecer por um tempo na caverna e sair com vida.
Isso abrange vários outros gases; no mergulho técnico usamos gases como nitrox e trimix, os quais administramos para avançar o consumo de oxigênio e reduzir a narcose e a toxicidade, para melhor performance em profundidade. Isso significa que você precisa ter um controle muito detalhado sobre como cada mistura é utilizada.
O que é a Reserva de Segurança e por que ela é tão importante
Quando aplicada ao mergulho em cavernas, a reserva de segurança tornou-se conhecida como a “Regra dos Terços” (e foi uma das ‘regras’ mais amplamente utilizadas). Este método estabelece que:
- Entra-se com 1/3 do gás;
- 1/3 é para saída;
- Usa-se 1/3 do que você tem e guarda-se como sua reserva de segurança para situações inesperadas.
Isso proporciona uma margem de segurança para uma saída controlada em caso de falha de equipamento, consumo excessivo não antecipado ou compartilhamento de gás com um parceiro.
Determinando a Utilização de Gás por Profundidade e Trabalho
- Passo 1: SAC (cálculo da respiração do mergulhador em l/seg ao nível da superfície).
O consumo de gás em profundidade é calculado como:- O fluxo de gás por minuto = SAC x Pressão Absoluta (ATA)
- Onde:
- SAC, taxa de consumo de gás na superfície;
- ATA = (profundidade / 10) + 1 (por exemplo: 30 metros: 30 / 10 + 1 = 4 ATA).
- Se o mergulhador tem um SAC de 20 litros/minuto e está a 30 metros de profundidade (4 ATA), quanto ele consumirá?
- 20 x 4 = 80 litros/minuto.
A partir daí, você pode multiplicar esse número pelo tempo esperado em profundidade para saber quanto gás você precisa para todo o mergulho, sempre levando em consideração a margem de segurança.
Regra dos Terços: Garantindo que você volte para casa
Então, o que é a regra dos terços e como você pode usá-la corretamente?
O gerenciamento de gás é um dos princípios básicos do mergulho em cavernas, e a regra dos terços é o conceito que precisa ser compreendido para realizar isso de forma segura. Sua forma de funcionar é dividir o gás disponível para cada fase da seguinte maneira:
- 1/3 do suprimento de gás é para a entrada;
- 1/3 para o retorno;
- (1/3 é mantido em reserva para incidentes).
No caso de alguma falha inesperada por parte do mergulhador, ele deverá ter gás suficiente para retornar em segurança.
Migrando da Regra dos Terços para 3D para Ambientes Mais Extremos
Na regra dos terços, existem algumas situações que exigem mais ajustes, entre elas:
- Passagens mais complexas ou restritivas: onde a saída pode demorar mais e o consumo de gás ser maior.
- Correntes evitantes;
- Correntes inesperadas: que aumentam o esforço físico.
- Mergulhos profundos: onde maior pressão e narcose podem influenciar a capacidade de tomada de decisão e as margens de segurança devem ser muito maiores.
Nesses casos, usar a regra dos quartos é a melhor aposta, já que só permitiria usar 25% do gás para entrada, 25% para saída, mantendo 50% em reserva.
Como Usar isso para medir o Consumo — Exemplos Práticos
Exemplo 1: O uso padrão da Regra dos Terços
Por exemplo, um mergulhador tem acesso a 24l x 200 bar x 2 (cilindro duplo) = 4.800l de gás disponível!
- Entrada: 1.600 litros 1/3
- 1/3 para retorno: 1.600 litros
- 1/3 como reserva: 1.600 litros
2º Exemplo: Um Ajuste para um Ambiente de Alta Pressão
Por exemplo, se esse mesmo mergulhador se encontrar em uma área de forte corrente, pode usar a regra dos quartos:
- Entrada: 1.200 litros 1/4
- 1/4 para retorno: 1.200 litros
- 1/2 como reserva: 2.400 litros
Esses cálculos fornecem ao mergulhador gás suficiente para lidar com o inesperado e dar ao mergulhador uma maior margem de segurança.
Como Calcular o Consumo Pessoal de Gás (SAC/RMV)
O que é SAC (Consumo de Ar na Superfície) / RMV (Volume Minuto Respiratório)
O SAC (Consumo de Ar na Superfície) ou RMV (Volume Minuto Respiratório) é a taxa de consumo de gás do mergulhador apenas na superfície; isso é importante, pois o SAC é a base para estimar a autonomia do suprimento vital em outras profundidades.
Consumo de Gás em um Espectro de Condições de Mergulho
Após um mergulho de duração conhecida, registre a pressão inicial e final do cilindro. Profundidade média do mergulho. Esta é calculada em ATM (pressão absoluta) com base no consumo real.
Estimando o Consumo de Gás e Autonomia
Existe uma fórmula muito básica para calcular o SAC:
SAC = (Pressão em bares x volume dos cilindros) / (Tempo de mergulho em minutos x Pressão Absoluta em bares).
O mergulhador conhece este valor, estimando sua autonomia em qualquer profundidade, planejando seu consumo de gás.
Pressão parcial de O2 em sistemas de mergulho em cavernas
Essa é uma parte essencial do conceito de segurança do mergulhador quando se trata de sistemas de cavernas. No que diz respeito à navegação, iluminação ou comunicação, ter um bom plano B pode significar a diferença entre um mergulho bem-sucedido e uma emergência.
Planejamento de Gás: O Tipo de Mergulho em Caverna
A Diferença de Consumo de Gás entre a Caverna Rasa e a Caverna Profunda
Em uma caverna profunda, a profundidade cria pressão e é variável de mergulho para mergulho — portanto, o consumo de gás é fundamentalmente diferente daquele em uma caverna rasa. Como a densidade do gás aumenta mais profundamente, o consumo elevado não é incomum. Além disso, misturas particulares de gases podem ser necessárias para evitar narcose e toxicidade de oxigênio em mergulhos prolongados/mergulhos muito profundos.
Condição de Corrente, Temperatura e Equipamento e Consumo Adicional Afetado
Ainda: nas cavernas, as correntes podem complicar a natação, levando a um consumo mais rápido de gás
- Temperatura: Quando a água está mais fria, há um grande impacto no consumo de água, pois o corpo gera mais calor e ocorre hipermetabolismo no mergulhador.
- Equipamento: A configuração do equipamento (por exemplo: cilindro duplo ou cilindro único) desempenhará um papel importante na hidrodinâmica do mergulhador e, portanto, será determinante na eficácia respiratória.
Bom Controle de Flutuabilidade
Mais esforço para manter um bom controle de flutuabilidade é economia de gás.
Em relação à natação eficiente
Use boas habilidades de natação, como chutes eficazes, mas gentis, para evitar gastar energia em coisas que não precisam ser feitas.
Respiração controlada e uniforme
Respirar profunda e lentamente para otimizar o uso de gás.
Uso Apropriado de Gases
As misturas de gases apropriadas para a profundidade antecipada ajudarão a reduzir os efeitos da narcose e melhorar ainda mais a eficiência respiratória.
Nunca esqueça o Sistema de Mergulho em Caverna Resistido
Redundância para a segurança do mergulhador é a regra geral dos sistemas de mergulho em cavernas. Um plano B cuidadosamente implementado para tudo, desde navegação até iluminação e comunicação, pode significar a diferença entre um mergulho bem-sucedido e uma situação de resgate.
Maneiras de Reduzir o Consumo e Melhorar a Segurança
Controle da Respiração para limitar o consumo de gás
O que você quer dizer também: Se tiver que reduzir o consumo de gás, diminua a taxa de respiração. Respirações lentas e profundas melhoram a troca de gases e minimizam o desperdício.
Nade e Propulsione-se Sabiamente na Água para Conservar Gás
- Nenhum movimento súbito: o movimento súbito dos braços e pernas requer muito oxigênio que o corpo não pode dispor.
- Mantenha estável: Movimentos lentos e eficientes agitam menos a água.
- Melhor técnica de natação: Por exemplo, o “flutter kick” custa menos energia e economiza gás em comparação com o “frog kick.”
Sistemas de cavernas e sua segurança
O mergulho em cavernas pode estar dividido em três categorias: Sistemas de nível de entrada, sistemas multipropósito e sistemas de nível avançado. Fluxo de fornecimento de gás redundante usado para segurança de tartarugas/indivíduos.
Segurança usando cilindros gêmeos e montagem paralela
Fontes diferentes de redundância (2 x cilindros, montagem nas costas, montagem lateral) para autonomia e fonte alternativa de gás se um falhar.
Como compartilhar gás com um amigo durante uma emergência
- Identificação de Necessidade: Reconhecer a necessidade de compartilhamento de gás.
- A—Um alerta alto e inconfundível para o colega que esclarece a situação.
- Disponibilidade de gás: Use uma segunda classe de reserva ou mangueira longa.
- Trim: Identificar um meio de saída do sistema e verificar se é seguro.
O que fazer se o sistema de gás falhar
- Mantenha a calma: Mantenha a calma e indique o problema ao colega.
- Saídas: Feche a válvula no cilindro afetado para parar o vazamento de gás.
- Troca de reguladores: Troque para um regulador de reserva ou comece a compartilhar gás.
- Planejamento: Use a diretriz e a reserva de segurança para planejar um retorno imediato.